sexta-feira, 7 de março de 2014

Ainda a felicidade

A afirmação “As pessoas querem ser felizes” é uma trivialidade que gera consenso. O mesmo não se passa quando perguntamos: o que é ser feliz? Como se pode ser feliz? Ou será a felicidade alcançável?
A resposta a estas questões é, filosoficamente, controversa. Pode-se defender que a felicidade depende do prazer, do conhecimento, do poder, de Deus, do prestígio social…
Porém, a resposta dada influencia o modo como vivemos o nosso dia-a-dia, as nossas aspirações em relação ao futuro e o facto de sentirmos que nossa vida tem ou não sentido.
Antes da adolescência, eu adorava ouvir uma canção do Caetano Veloso e lembro-me de pensar: como é que podemos saber que “a felicidade se foi embora”, sem sabermos o que ela é?
Não esqueçam as inquietações filosóficas, mas desfrutem o poema e a música!

2 comentários:

Paulo Matias disse...

"as pessoas querem ser felizes"

Todas as pessoas querem ser felizes?
Significa que a felicidade é o bem supremo? Se tivermos que escolher entre a verdade ou o dever e a felicidade devemos escolher a felicidade?

Sara Raposo disse...

Paulo:
Se são todas não sei, a maioria parece-me que sim, embora o que cada um entende por felicidade e o modo como esta se alcança seja entendido de forma muito diferente pelas pessoas.
Se a felicidade é um bem supremo depende da escala de valores de cada pessoa e das circunstâncias. Aliás, a mesma pessoa pode responder de forma diferente consoante a situação em que se encontra e e as possibilidades alternativas de que dispõe.
Na vida real, considerarmos prioritário o cumprimento do dever ou a nossa felicidade é uma opção às vezes bem mais complexa do que uma discussão meramente teórica. Todavia, creio que, talvez, uma reflexão acerca daquilo que valorizamos e o modo como isso relaciona com as acções que praticamos possa fazer-nos agir de forma mais consciente. É só isto, receitas miraculosas e certezas não há!
Felizmente, digo eu.
Cumprimentos.