terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A crença no amor romântico é uma ilusão?

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© Henri Cartier-Bresson/Magnum Photos.

Este post é dedicado a todos aqueles que neste dia não têm a quem oferecer flores ou declarações inflamadas de paixão. Se pensarmos um pouco, talvez não haja razões para se sentirem menos bem que aqueles que celebram, com alguma ostentação e espalhafato, este dia. É que talvez essa ideia do amor não passe de uma ilusão, útil em termos comerciais e pouco mais.

Vejamos porquê: em primeiro lugar o facto do amor que possamos sentir por alguém ser correspondido ou não depende de fatores que, em grande parte, não controlamos: o acaso e a sorte, por exemplo. Por outro lado, só na imaginação a vida é como o amor romântico nos quer fazer crer. Quando alguém nutre um sentimento profundo por outra pessoa, preservá-lo depende do que ambos forem capazes de fazer no dia a dia. Na realidade, as pessoas não são felizes para sempre: tentam ser felizes todos os dias. O amor não é, pois, uma caminhada triunfal, mas uma conquista diária. Por isso, não precisa de datas convencionadas no calendário para ser festejado.

Acresce que a ideia de que quem não ama ou não é amado (no sentido romântico do termo) não pode ser feliz é falsa. As pessoas podem dar significado às suas vidas de muitas formas. Viver uma relação amorosa com alguém é uma delas (e convém que não seja a única!), mas há outras possibilidades …

A crença nessa ideia do amor – associada à comemoração do Dia dos Namorados – é atrativa para a maioria das pessoas, mas é, provavelmente, uma ideia ilusória - à semelhança de muitas outras em que acreditamos.

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