quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O reconhecimento implícito da factividade do conhecimento

São Tomé, de Caravaggio

São Tomé, de Caravaggio.

Mesmo as pessoas que desconhecem a teoria que define o conhecimento como uma crença verdadeira justificada e nunca depararam com a afirmação “o conhecimento é factivo”, reconhecem – implicitamente – que a verdade é uma condição necessária do conhecimento. Vejamos dois exemplos.

- O meu pai não encontra o carro, não sabe o que lhe aconteceu…
- É natural…
- Porquê? Sabes o que aconteceu ao carro?
- Sei. Foi roubado, é claro! Hoje em dia há imensos roubos e…
- … Espera aí, pois estou a receber uma mensagem de telemóvel. … É do meu irmão: diz que levou o carro do meu pai e se esqueceu de deixar um bilhete a avisar.
- Oh! Ainda bem para o teu pai que me enganei, mas julgava mesmo que tinha sido roubado.
- Afinal, não sabias o que tinha acontecido ao carro.
- Pois não. Pensei que sabia mas não sabia.

Quando uma pessoa reconhece que se enganou e que uma proposição em que acreditava é falsa, não diz que sabia: utiliza palavras como “julgava”, “pensava” ou “acreditava”. Ou seja: substitui os verbos factivos – como saber ou conhecer – por verbos não factivos.

Do mesmo modo, num livro de história da medicina não se diz que Aristóteles sabia que o coração era o órgão responsável pelo pensamento, mas sim que Aristóteles acreditava nisso ou julgava erroneamente saber isso.

Esse reconhecimento, contudo, não constitui uma compreensão clara e explícita, pelo que essas pessoas ficarão provavelmente surpreendidas se lhes dissermos que não se pode conhecer falsidades e que não existem realmente conhecimentos falsos.

(Acerca desta característica do conhecimento pode ler: O carácter factivo do conhecimento.)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Matriz do 3º teste e links: turmas C, D e E do 10º ano


Links:
1- O problema da justificação do juízos morais.
Subjetivismo moral (1): A verdade dos juízos morais depende da opinião pessoal?
Subjetivismo moral (2): Será a ética subjectiva?
Subjetivismo moral (3): Haverá provas em ética?
Uma tradição admissível, segundo os relativistas culturais
Qual é, afinal, a tradição certa?
A defesa dos direitos humanos e do relativismo cultural serão compatíveis?
Objetivismo Moral
Se há valores morais objetivos, pode-se defender os direitos humanos
Tem razão quem se apoiar nas melhores razões
A divergência de opiniões é incompatível com a objetividade?
Defender a objetividade não significa que se seja dogmático
Fichas de Filosofia sobre a acção e os valores
A cigarra, a formiga e os valores (exercício de aplicação)
2- A teoria ética de Kant.
Cumprir o dever pelo dever: um exemplo
Agir bem para evitar problemas
Quais são as ações que têm valor moral?
Qual dos personagens, o Calvin ou a Susie, está a agir de acordo com o princípio kantiano da moralidade?
As pessoas não são instrumentos
Como se formula, na linguagem de Kant, o princípio que o Manelinho encontra escrito no livro?
Devemos mentir para salvar a vida de um amigo? – Não, diz Kant (1)
Devemos mentir para salvar a vida de um amigo? – Não, diz Kant (2)
Três minutos com Kant
Porque é que devemos ser bons com os outros?
Por dever ou apenas em conformidade ao dever?
1 ou 200?
Qual é o mal de mentir?
Um dilema moral da Medicina
3 - Exercícios para resolver e questões para discutir.
Ética: fichas de trabalho sobre Kant e Stuart Mill
Para discutir na primeira aula de Filosofia
Qual é a ação correta?
Enganar por amor
Bom estudo! :)

















domingo, 27 de janeiro de 2013

Da fome e da brutalidade humana

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.                                 Crianças esfomeadas na Coreia do Norte.

Vale a pena ler a notícia, do jornal Diário de Notícias, onde se relata a existência de atos de canibalismo (de pais em relação a filhos) na Coreia do Norte motivados pela fome. É chocante mas dá que pensar sobre o presente e o futuro. As pessoas só em situações muito desesperadas têm este tipo de comportamento, comparável ao estado de natureza relatado por alguns filósofos (como Hobbes), e descrito no magnífico romance  “A Estrada” Cormac McCarthy (para saber mais sobre o livro e ver o trailer do filme, ver AQUI ). Contudo, na Coreia do Norte apesar de existir um estado ditatorial passam-se situações como esta, isto permite perceber como este tipo de regime, além de muito injusto e desumano, é ineficaz.

«Um homem norte-coreano foi executado por pelotão de fuzilamento por ter assassinado os seus dois filhos e os ter comido, ao não aguentar mais a "fome escondida" que afeta a Coreia do Norte e terá vitimado mais de 10 mil pessoas no ano passado, noticia hoje o jornal britânico Sunday Times.

O caso surge em relatos clandestinamente difundidos do mais fechado país do mundo, que foram divulgados pela agência Asia Press, sediada em Osaka, Japão, dando conta que há pais norte-coreanos a "comer os seus filhos".

Entre os vários casos relatados, destaca-se ainda o de um homem que desenterrou o corpo do neto para o comer, e o de um terceiro homem que cozeu o filho e comeu a carne, também para não morrer de fome.»

A notícia pode continuar a ser lida AQUI.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Um “sinal de Deus” será uma boa justificação?

Cross Shadow cruz sombra

Num episódio de uma série de TV antiga (talvez Uma Casa na Pradaria, não estou certo) um padre católico gastou todo o dinheiro que levava (destinado a comprar cereais para um orfanato) na compra de um cavalo. Os colegas que com ele trabalhavam no orfanato criticaram-no, pois sem os cerais as crianças passariam fome. O padre – que nada entendia do assunto - alegou que o cavalo poderia participar numa corrida de cavalos e ganhar. Depois, poderiam comprar todos os cereais que quisessem com o dinheiro de prémio. Os outros replicaram que o cavalo era demasiado irascível e irrequieto para sequer participar em corridas quanto mais ganhar (o cavalo desatava a dar coices assim que se aproximava uma pessoa e não se conhecia ninguém que tivesse conseguido montá-lo). Quando perguntaram ao padre porque tinha comprado aquele cavalo ele justificou a compra dizendo que tinha sido “um sinal de Deus”: a luz do sol ao passar por um buraco nas tábuas do estábulo projetara na parede uma sombra em forma de cruz. Os outros (apesar de católicos) disseram, muito consternados, que isso não passava de um acaso e que não era uma boa razão para comprar um cavalo gastando todo o dinheiro da instituição. Contudo, um dos órfãos (conhecido por ter muito jeito para lidar com os animais) conseguiu tornar-se “amigo” do cavalo, montá-lo e ganhar a corrida. Com o dinheiro do prémio foi possível não só comprar os alimentos necessários como fazer obras no orfanato e assim melhorar o serviço prestado pela instituição.

A crença do padre de que o cavalo iria ganhar a corrida revelou-se portanto verdadeira. Mas podemos dizer que o padre sabia que o cavalo iria ganhar a corrida e que portanto era acertado comprá-lo gastando todo o dinheiro?

Parece óbvio que o padre não sabia isso: o facto de ter formado uma crença verdadeira foi uma questão de sorte. A razão que o levou a comprar o cavalo é implausível (mesmo para pessoas que têm a mesma religião do padre) e não constitui uma justificação adequada. Com efeito, já sucedeu muitas vezes pessoas católicas (para não falar nas outras) avistarem sombras em forma de cruz sem que isso tivesse constituído qualquer sinal ou aviso. Por isso, embora tivesse uma crença verdadeira, o padre não possuía conhecimento pois essa crença não estava realmente justificada.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O que não sabemos

Children playing on the beach crianças brincando na praia

“Não sei que impressão produzirei um dia no mundo; quanto a mim, parece-me ser a de um menino que brinca na praia e encontra ora um calhau um pouco mais liso, ora uma concha um pouco mais formosa do que as outras; enquanto o grande oceano da verdade se estende inexplorado diante de mim.”

Isaac Newton (1642-1727)

(Citação retirada da “Agenda Ilustrada do Professor de Físico-Química”, de 1993-1994.)

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Qual é o mal de mentir?

Estas aulas da universidade de Harvard - nos Estados Unidos, que é considerada uma das melhores do mundo - têm muito sucesso no Youtube. Percebe-se porquê, o professor - o filósofo Michael Sandel - utiliza uma linguagem clara, discute os problemas de pontos de vistas diferentes, faz com que os alunos intervenham criticamente, fá-los pensar e compreender os problemas e os argumentos filosóficos e a maioria destes alunos parecem, de facto, interessados em fazer isso.

Assim, dirão vocês, é fácil aprender. Concordo. E acrescento: com alunos assim também é fácil ensinar. À falta de algumas das condições descritas anteriormente, fiquemos-nos pelo visionamento dos vídeos. Ganhamos com isso, sem dúvida, uma excelente oportunidade para aprender mais e melhor sobre as ideias fundamentais defendidas por Kant. Por exemplo: como entende este filósofo o critério da moralidade? O que significam os conceitos de autonomia e heteronomia da vontade na ética kantiana?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O maior perigo

“Nothing in the world is more dangerous than sincere ignorance and consciencious stupidity.”

Martin Luther King

Martin Luther King

Via

Filosofia tintim por tintim: um blogue de alunos da ESPR

image 

O blogue Filosofia tintim por tintim passou a ter como principais contribuidores alguns alunos da escola  (das turmas do 10º, 11º e 12º anos).

Vale a pena conhecer o que eles lá têm publicado.

Se querem perceber porquê espreitem alguns dos posts e, garanto, que não se irão arrepender, pois não será uma perda de tempo. Pelo contrário, dá para perceber que alguns alunos sabem muitas coisas, para além das matérias das aulas, e estão dispostos a partilhá-las!

Podem descobrir alguns exemplos nos links seguintes:

De Homo Sapiens a Tecno Sapiens

Sangue no telemóvel

Um clássico filme que resiste ao tempo

"You are what..."

E se o dinheiro não existisse? O que farias?

Birdy

Desenhos vs. Realidade

Kant vs Mill ( Qual a opção mais correta?)

domingo, 20 de janeiro de 2013

Será que o som existe?

Charles Walters D Oyly - Tree Struck By Lightning

Pintura de Charles Walters Oyly,  intitulada "Tree Struck By Lightning", 1865.

Este é um post convidado da professora  de Física e Química Ana Paula Machado,  destacada, no presente ano letivo, no Centro de Ciência Viva do Algarve (um site e um espaço que vale a pena visitar).

Algures, nalguma parte recôndita do mundo, completamente desprovida de seres com ouvidos, uma árvore cai.

Ao começar a ler estas palavras, o leitor, possivelmente, começa a desenhar na sua cabeça uma frondosa floresta, com belas, lindas e altíssimas árvores. De acordo com a história, imagina, em seguida, que uma delas, talvez vítima de um fulminante raio, cai estrepitosamente no solo. Claro que o seu cérebro, além do acompanhamento visual que faz, também trata de adicionar os devidos efeitos especiais: o céu transbordante de nuvens escuras com enormes e poderosos raios a cruzar os céus numa barulheira aterradora (supondo que os raios seriam a causa da queda da árvore na história da sua imaginação!). Por fim, vem a imagem do inevitável tombar da árvore. A vítima da fúria dos céus, que outrora recortava majestosamente a paisagem, é atacada por um raio próximo que provoca a sua queda e, num último rasgo da sua orgulhosa existência, tomba ruidosamente.

É agora que surge o nosso problema: ruidosamente?!? Mas, perguntamo-nos, quem é que ouviu? Quem é que apreciou aquele final de uma vida longa? Quem é que pode reconhecer que realmente foi produzido som? Não havendo ouvidos para testemunhar que houve som, será que realmente foi produzido o som?

A nossa experiência diz-nos que sim. Intuitivamente, sabemos que o som seria uma componente importante daquele evento.

A física explica o funcionamento do som. Diz-nos que se as partículas de um meio (sólido, líquido ou gasoso) forem perturbadas, isto é, postas a oscilar em torno da sua posição de equilíbrio, estas irão transmitir essa vibração às suas vizinhas que passarão a executar o mesmo movimento e assim sucessivamente. É para isso que a ciência “física” serve. Explica-nos os fenómenos que nos rodeiam. Neste caso, o som. Noutros pode ser a causa “simples” de todos os astros do universo girarem em torno de um centro (imaginário ou real) ou a causa da mudança de estado físico das substâncias ou, ainda, como funcionam os supercondutores, tecnologia de ponta para muitos dos equipamentos que utilizamos no dia-a-dia.

Mas a filosofia também tem a sua palavra. Como? Pergunta o leitor. Qual poderá ser o árido contributo de uma área que “apenas” sabe levantar questões e argumentar?

É esse mesmo o contributo da filosofia. Importunar! É ela mesma que levanta a questão: então se não havia ouvidos para ouvir esse “som de proporções monumentais”, houve som?

Pois é. Houve ou não? Se não estava lá ninguém para ouvir, porque é que falamos em som?

Neste caso, não se pode dizer que houve som. Mesmo havendo perturbação das partículas do ar, porque isso aconteceu quando a árvore caiu, não se pode dizer que o “som” existiu porque a propagação da perturbação das partículas não atingiu nenhuma membrana de ouvido que, por sua vez, através do mecanismo da audição, é descodificado e transformado no som correspondente à queda da árvore.

A ciência procura responder aos porquês e torna-se muito assertiva nas respostas. Tudo tem de ter uma explicação. Mas é a filosofia que lança os porquês. Podemos dizer que todos os cientistas têm um pouco de filósofos ou que todos nós somos filósofos quando nos preocupamos com os “porquês” e nos matemos fiéis na procura da resposta. Somos o resultado de um conjunto de competências. Também podemos ser como uma árvore na floresta. Sozinhos, pouco fazemos, mas com o contributo de todos podemos ser uma “frondosa e bela floresta” onde é a variedade que permite a sua sobrevivência.

Ana Paula Machado

Computador a mais faz mal!

Há cada vez mais alunos com sono porque estiveram no computador até tarde

Uma notícia do jornal Público que alguns dos meus alunos (e os seus pais!) deviam ler atentamente, porque ter sono nas aulas não é a única consequência prejudicial. E o problema não são apenas os jogos mas também vários outros “recursos” informáticos, como, por exemplo, o facebook.

viciado em computador

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O que quer isto dizer?

detalhe de Hieronymus Bosch - «The Garden of Earthly Delights»

Detalhe de O Jardim das Delícias, de Hieronymus Bosch.

A vida de Pi: para ver e ler

O filme é visualmente magnífico e a história surpreendente, como podem comprovar vendo filme.

Conclusão: vale a pena ler o LIVRO (um enorme sucesso em diversos países do mundo - não, não se trata da falácia do apelo ao povo)!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ethos, logos, pathos

Segundo Aristóteles, um orador tem à sua disposição três meios de persuasão: o seu próprio carácter (ethos), os argumentos (logos) com que defende a sua tese e o estado emocional (pathos) do auditório que pretende convencer.

Vejamos dois exemplos ilustrativos desses conceitos.

I

romance A vida de PiO Xavier quer persuadir alguns amigos e colegas da turma de que devem ler o romance A Vida de Pi, de Yann Martel (que fala de um rapaz que, após um naufrágio, se vê obrigado a partilhar um barco salva-vidas com um tigre e outros animais).

O Xavier começa por dizer que gostou muito do livro e que nunca o recomendaria se não o achasse realmente muito bom. Os colegas acreditam nele, pois acham-no uma pessoa sincera e confiam no seu carácter.

Depois, o Xavier argumentou que o livro está escrito de uma maneira bela e clara e que a história é divertida e interessante, pelo que prende o leitor da primeira à última página e o leva, até, a pensar em questões filosóficas importantes.

Os interlocutores de Xavier mostraram-se bastante interessados, mas este decidiu reforçar o seu esforço persuasivo com uma referência emocional: chamou a atenção para a relação, insólita mas especial e comovente, que o rapaz e o tigre estabeleceram e que, no fundo, não era muito diferente da relação que eles tinham com o Tareco Austero (o gato da escola que, para grande pena e tristeza de todos, tinha morrido havia pouco tempo).

II

Um político que na campanha eleitoral refere a sua experiência militar (quando é sabido que foi condecorado pela sua coragem em combate), tenta persuadir os eleitores baseando-se no seu próprio carácter.

Um político que na campanha eleitoral compara as suas propostas com as propostas dos adversários e tenta mostrar que as suas são melhores, tenta persuadir os eleitores baseando-se em argumentos.

Um político que na campanha eleitoral usa uma linguagem emotiva e privilegia temas que despertam emoções fortes em muitas pessoas (como por exemplo a criminalidade e a insegurança), tenta persuadir os eleitores baseando-se no estado emocional destes.

Pode ou não tratar-se do mesmo político, ou seja, esses meios de persuasão podem ser usados em conjunto ou separadamente. Presumivelmente, a eficácia será maior no primeiro caso.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ethos, Logos, Pathos & pizza

retórica

Ação de formação sobre Kant e Mill

Formador: Pedro Galvão

Ensinar ética: um percurso centrado em Kant e Mill
Filosofia | Secundário
Hotel Grande Real Santa Eulália - Albufeira
19 de janeiro de 2013

Inscrições: Espaço professor, da Porto Editora

domingo, 13 de janeiro de 2013

1 ou 200?

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Os alunos do 11º B, Alexandre Mendes e Emanuel Noivo, a propósito de um conhecido dilema moral, imaginaram uma interessante discussão, entre os filósofos Kant e Stuart Mill, que vale a pena ler.

O texto integral pode ser lido AQUI. Foi publicado no blogue Filosofia tintim por tintim, onde colaboram vários alunos da escola (do 10º, 11º e 12º anos) e que pretende ser um espaço de partilha de trabalhos, opiniões, gostos e interesses.

Links sobre o problema do conhecimento: 11º B

Alguns dos textos disponíveis no Dúvida Metódica sobre a matéria que sairá na próxima ficha de avaliação. Bom estudo a todos!

1. Algumas relações entre os vários tipos de conhecimento

2. O conhecimento por contacto facilita as cunhas.

3. Ficha de trabalho: identificação dos diferentes

4. O carácter factivo do conhecimento 

5. O tempo até pode ser relativo, mas a verdade não

6. Informação “útil” para adolescentes sobre a hora de deitar

7. Uma crença pode ser útil mas falsa

8. Previsão certeira de sismo em Itália: crença verdadeira, mas não justificada

9. Crenças

10. Obviamente!

11. O Deco não percebe nada de Epistemologia

12. Dois contra-exemplos à chamada definição tradicional de conhecimento

13. O que não sabemos

14. A origem da perplexidade

15. Uma mensagem para as gerações futuras

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Como evitar os abusos de poder?

Montesquieu

“A liberdade política só se encontra nos governos moderados. Mas ela não existe sempre nos governos moderados. Ela só se encontra aí quando não se abusa do poder: mas é uma experiência eterna que todo o homem que tem poder é levado a abusar dele; ele irá até onde encontrar limites (…). Para que se não possa abusar do poder, é necessário que, pela disposição das coisas, o poder trave o poder. Assim, a Constituição deverá ser tal que ninguém seja obrigado a fazer coisas a que a lei o não obrigue, ou a deixar de fazer coisas aquelas que a lei lhe consinta”.

Montesquieu, O espírito das leis, XI, 6

(citado por Diogo Freitas do Amaral, História do Pensamento Político Ocidental, Almedina, Coimbra, 2012, pp. 211-212).

Montesquieu foi um pensador  político francês (1689-1755) cuja contribuição mais célebre e influente foi a defesa da divisão dos poderes, tendo proposto a divisão entre o poder legislativo, o poder executivo e o poder judicial.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

sábado, 5 de janeiro de 2013

Os Coristas - o filme e a música

Vale a pena ver este filme, sugerido pela minha amiga Madalena, a quem agradeço. Professores e alunos ficarão a ganhar muito se o fizerem.