sábado, 28 de fevereiro de 2015

Cinemateca Júnior: nós vamos lá! (3)

O site pode ser consultado AQUI.

O Palácio Foz, na Praça dos Restauradores, é onde se situam as instalações da Cinemateca Júnior.

Fotografia do Museu do Cinema.

Atividades a realizar:

Programa 2   Louis Lumière, George Méliès e Paz dos Reis, um pioneiro português

Um  percurso  pelos  primórdios  do  cinema: um  conjunto  de  filmes  dos  irmãos  Lumière, considerados os inventores do cinema, dois filmes de  Georges  Méliès,  o  inventor  do  espetáculo cinematográfico,  e  por  fim  quatro  títulos  de Aurélio da Paz dos Reis, o primeiro português a filmar (duração aproximada de 30 minutos). 

Acompanhamento ao piano por Catherine Morisseau.

Filmes a visionar:

- de Louis Lumière e os seus operadores (duração total: 8 minutos)

BOXEURS EN TONNEAUX Lutadores de Boxe em Tonéis França, 1897

LAVEUSES SUR LA RIVIÈRE Lavadeiras no Rio França, 1897

CHARCUTERIE MÉCANIQUE Salsicharia Mecânica França, 1896

BATAILLE DE NEIGE Batalha de Bolas de Neve França, 1897

EGYPTE - PANORAMAS DES RIVES DU NYL Panorama das Margens do Nilo França, 1897

CONCOURS DE BOULES Concurso de Petanca França, 1896

VUES JAPONAISES – REPAS EN FAMILLE Vistas do Japão – Refeição em Família França, 1897

LE SQUELETTE JOYEUX O Esqueleto Alegre França, 1898

- de Georges Méliès

CENDRILLON Baile Até à Meia-noite França, 1899 – 5 min

À LA CONQUÊTE DU PÔLE À Conquista do Polo França, 1912 - 13 min

- de Aurélio da Paz dos Reis

FEIRA DE GADO NA CORUJEIRA Portugal, 1896

SAÍDA DO PESSOAL OPERÁRIO DA FÁBRICA CONFIANÇA Portugal, 1896 – 1 min

O VIRA, Portugal, 1896

NO JARDIM Portugal, 1900 – 1 minuto

Haverá uma breve apresentação no principio da sessão. A seguir o visionamento poderá haver uma visita livre à exposição permanente de Pré-cinema  com orientações e explicações pontuais por parte da equipa da Cinemateca Júnior.

Assembleia da República: nós vamos lá! (2)

No dia 3 de março, os alunos do 10º D e 11º A irão fazer uma visita guiada ao Parlamento.
Seguem-se fotografias e informações do site oficial do parlamento. Espero que estas despertem a vossa curiosidade, a vontade de aprender (porque fora da sala de aula isso também se pode fazer e até é divertido), de saber um pouco mais acerca do modo como se organiza a democracia portuguesa e dos vossos direitos enquanto cidadãos!
Sim, a política não é um bicho de sete cabeça e deve interessar a todos, isto se quisermos melhorar a qualidade da democracia em que vivemos!
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Fachada do Palácio de S. Bento (onde funciona o Parlamento português).
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Sala das Sessões.
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Sala do Senado.
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Sala dos Passos Perdidos.
Para que esta visita seja mais proveitosa (e para puderem colocar questões pertinentes à guia), convém consultar, previamente, as informações que o site do Parlamento disponibiliza. Vejam nos links seguintes:
1. Uma visita virtual ao Parlamento (um livro virtual com a informação essencial, uma boa forma de começar – e não é apenas para os mais novos, pois parece-me que, muito provavelmente não dominam algumas das informações lá disponibilizadas. Espero estar enganada!).
4. Senado
Para obter informações sobre os temas, basta clicar nos links para o site da Assembleia da Republica:

Museu da Água: nós vamos lá! (1)

No dia 3 de março, os alunos do 10º D e 11º A irão a uma visita de estudo a Lisboa acompanhados pelas professoras Ana Paula Coelho, Anabela Santos, Olga Lima e Sara Raposo. Uma experiência que, esperamos, seja memorável!
Seguem-se fotografias e informações acerca dos locais a visitar.
Museu da Água, outras fotos.
«A nova exposição permanente do Museu da Água aborda a temática da água nas vertentes da história, da ciência, da tecnologia e da sustentabilidade convidando o visitante a explorar conteúdos como a presença da água no planeta.»
Museu da Água – Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos
Exposição permanente do Museu da Água
Rua do Alviela, 12 1170-012 Lisboa
Museu da Água: Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos, Lisboa
Museu da Água: Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos. Outras fotos.
«Parece que estamos num dos cenários do filme “Tempos Modernos” de Charlie Chaplin. Uma máquina gigantesca, que ocupa um edifício de três andares. É intimidante. A Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos, inaugurada no dia três de outubro de 1880, foi criada com o intuído de bombear água do aqueduto do Alviela para a cidade de Lisboa. E esteve em funcionamento até 1928.
Atualmente preserva as antigas máquinas a vapor e as suas bombas, testemunhos enriquecedores da arqueologia industrial. Em 2010, o edifício da estação elevatória a vapor foi classificado como conjunto de interesse público.»
Poderá também ver outras fotografias AQUI.
Jardim das Amoreiras e parte do Aqueduto das Águas Livres.
Reservatório Mãe d’Água das Amoreiras, Lisboa
Reservatório Mãe d’Água das Amoreiras. Outras fotografias do local AQUI.
«O Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras é um espaço amplo, luzente e unificado. O interior parece uma igreja de arquitetura barroca. Numa das fachadas interiores, a água das nascentes jorra da boca de um golfinho sobre uma cascata, construída com pedra transportada das nascentes do Aqueduto das Águas Livres. No terraço há uma surpresa: uma vista panorâmica da cidade de Lisboa.
Neste momento, existe mais uma razão para visitar: o reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras acolhe a exposição temporária “A Água no Azulejo Português do Século XVIII”. Os painéis de azulejos alusivos à água, alguns expostos pela primeira vez, pertencem à coleção do Museu Nacional do Azulejo e estarão em exibição até junho de 2015.»
Informação retirada  do jornal online "Observador" - ver AQUI - onde há também um vídeo sobre o local.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Ciência na rádio

Bertrnad Russell em logicomix aula de matemática

David Marçal, bioquímico e divulgador da ciência, autor do livro Pseudociência, foi entrevistado no programa Pessoal e Transmissível da TSF. Pode ouvir aqui a entrevista.

Sem mencionar a filosofia, David Marçal discorre acerca de vários tópicos filosóficos: O que é a ciência? O que distingue a ciência da pseudociência? O critério de falsificabilidade de Popper. A suposta distinção entre ciências “duras” e ciências “moles”. Fala também do ensino da ciência, da importância da divulgação científica, do humor científico, etc.

Vale a pena ouvir.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Filosofia na rádio

bertrand russell em logicomix

‘Janelas Para A Filosofia’ na Antena 2

Este link conduz a uma entrevista radiofónica aos filósofos Aires Almeida e Desidério Murcho, feita a propósito da publicação do livro Janelas Para a Filosofia, conduzida por Ana Paula Ferreira para o programa Império dos Sentidos, com apresentação de Pedro Alves Guerra, na Antena 2.

Mais informações aqui: Janelas Para a Filosofia na Antena 2.

(Também divulgado no facebook.)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Educar para a Paz: seminário em Coimbra

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A minha vida

O neurologista e escritor Oliver Sacks, ao descobrir que provavelmente lhe restam apenas alguns meses de vida, escreveu este texto, intitulado "A minha vida". O título deve-se a David Hume que também escreveu um texto autobiográfico quando percebeu que estava próximo da morte. Existem vários livros de Oliver Sacks publicados em Portugal, como por exemplo Despertares, Um Antropólogo em Marte e O Homem que Confundiu a Mulher com um Chapéu. Vale a pena lê-los, tal como este pequeno texto, por várias razões, sendo uma delas o facto de terem muitas vezes interesse filosófico.

Oliver Sacks jovem Oliver Sacks

«Há um mês sentia-me de boa saúde, de perfeita saúde mesmo. Aos 81 anos ainda nado mais de mil e quinhentos metros por dia. Mas a minha sorte acabou - há poucas semanas fiquei a saber que tenho múltiplas metástases no fígado. Há nove anos descobriu-se que eu tinha um tumor raro no olho, um melanoma ocular. Apesar de a radiação e o tratamento com laser terem acabado por me deixar cego desse olho, só em casos muito raros é que esses tumores metastizam. Eu estou entre os pouco afortunados 2%.

Sinto-me grato por me terem sido concedidos nove anos de boa saúde e produtividade desde o diagnóstico original, mas agora estou cara a cara com a morte. O cancro ocupa um terço do meu fígado e, apesar de o seu avanço poder ser retardado, este tipo específico de cancro não pode ser detido.

Agora está na minha mão escolher como viver os meses que me restam. Tenho de viver da forma mais rica, mais profunda, mais produtiva que conseguir. A este respeito sinto-me encorajado pelas palavras de um dos meus filósofos favoritos, David Hume, que, ao saber que estava mortalmente doente aos 65 anos, escreveu uma autobiografia curta num único dia de abril de 1776. Deu--lhe o título de A Minha Vida.

"Antecipo agora um fim rápido", escreveu. "Padeci muito poucas dores com a minha doença; e o que é mais estranho, não obstante o grande declínio da minha pessoa, nunca sofri um momento de abatimento do meu espírito. Possuo o mesmo ardor de sempre no estudo e a mesma alegria na companhia dos outros."

Tive a sorte suficiente para viver para lá dos 80 e os 15 anos que me foram concedidos para além das seis dezenas e meia de Hume foram igualmente ricos em trabalho e em amor. Durante esse tempo publiquei cinco livros e terminei uma autobiografia (um pouco mais longa do que as poucas páginas de Hume) para ser publicada nesta primavera; tenho vários outros livros quase acabados.

Hume disse ainda: "Sou... um homem de disposição suave, de temperamento controlado, de um humor alegre, aberto e social, capaz de criar laços, mas pouco suscetível a inimizades e de grande moderação em todas as minhas paixões."

Aqui afasto-me de Hume. Apesar de ter vivido relacionamentos amorosos e amizades e não ter verdadeiras inimizades, não posso dizer (nem o dirá qualquer pessoa que me conheça) que sou um homem de disposição suave. Pelo contrário, sou um homem de disposição veemente, com violentos entusiasmos e extrema imoderação em todas as minhas paixões.

E, no entanto, uma linha do ensaio de Hume atinge-me como particularmente verdadeira: "É difícil ser-se mais desligado da vida do que eu sou neste momento", escreveu ele.

Durante os últimos dias fui capaz de ver a minha vida a partir de uma grande altitude, como uma espécie de paisagem, e com um sentido profundo da ligação de todas as suas partes. Isto não significa que a vida tenha acabado para mim.

Pelo contrário, sinto-me intensamente vivo e quero e espero que no tempo que me resta possa aprofundar as minhas amizades, dizer adeus àqueles que amo, escrever mais, viajar se tiver força para tal, atingir novos níveis de compreensão e discernimento.

Isso envolverá audácia, clareza e sinceridade; tentar acertar as minhas contas com o mundo. Mas haverá tempo, também, para me divertir (e até mesmo para algum disparate ainda).

Sinto, de repente, uma perspetiva e um objetivo claros. Não há tempo para nada que não o essencial. Tenho de me concentrar em mim, no meu trabalho e nos meus amigos. Já não verei o noticiário todas as noites. Já não prestarei qualquer atenção à política ou a debates sobre o aquecimento global.

Isto não é indiferença, mas antes desprendimento - ainda me preocupo profundamente com o Médio Oriente, o aquecimento global, a desigualdade crescente, mas estas coisas já não me dizem respeito; pertencem ao futuro. Alegro-me quando encontro jovens talentosos - até mesmo o que fez a biópsia e diagnosticou as minhas metástases. Sinto que o futuro está em boas mãos.

Nos últimos dez anos tornei-me cada vez mais consciente das mortes entre os meus contemporâneos. A minha geração está de saída e senti cada morte como um descolamento, um arrancar de uma parte de mim. Não haverá ninguém como nós quando desaparecermos, mas também não há ninguém igual a ninguém, nunca. Quando as pessoas morrem, elas não podem ser substituídas. Deixam buracos que não podem ser preenchidos, pois é o destino - o destino genético e neural - de cada ser humano ser um indivíduo único, para encontrar o seu próprio caminho, viver a sua própria vida, morrer a sua própria morte.

Não posso fingir que não tenho medo. Mas o meu sentimento predominante é o de gratidão. Eu amei e fui amado; foi-me dado muito e dei algo em troca; li e viajei e pensei e escrevi. Eu tive uma relação com o mundo, a relação especial entre escritores e leitores.

Acima de tudo, eu tenho sido um ser senciente, um animal pensante neste belo planeta e isso, por si só, tem sido um enorme privilégio e uma enorme aventura.»

Oliver Sacks, “A minha vida” - The New York Times / Diário de Notícias (21-02-2015).

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Filosofia na revista Sábado

Escrevi sobre o livro Janelas para a Filosofia, de Aires Almeida e Desidério Murcho, na edição online da Revista SÁBADO. AQUI.

Janelas

 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Viver de olhos fechados

“Viver sem filosofar é na verdade ter os olhos fechados, sem nunca se esforçar por os abrir; e o prazer de ver todas as coisas que a nossa vista descobre não é de modo nenhum comparável à satisfação que dá o conhecimento das coisas que se descobrem por meio da filosofia; e, enfim, este estudo é mais necessário para orientar as nossas acções nesta vida do que o uso dos nossos olhos para guiar os nossos passos.”

Descartes, Princípios da Filosofia.

baleia

Uma teoria sobre tudo o que importa

Vale mesmo, mesmo a pena ver o filme e os documentários.

Stephen Hawking no Big Bag Theory :)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Hume e o problema da indução: vídeos da Kahn Academy

De acordo com o filósofo David Hume (1711-1776), tudo o que sabemos se divide em duas categorias: ou é uma relação de ideias (por exemplo: 2 + 2 =4) ou é uma questão de facto (por exemplo: o céu é azul). O primeiro vídeo explica esta distinção e o segundo analisa o argumento cético de Hume contra a indução.

Estes são dois dos vídeos da Academia Kahn que vale a pena conhecer e utilizar como complemento ao estudo da teoria do conhecimento de Hume.

As teorias de Kant e Mill: exercícios (T.P.C do 10º D)

Um dilema para discutir e um quadro síntese para preencher:

As teorias éticas de Kant e Stuart Mill: ideias fundamentais

Discussão de um dilema moral: qual seria a ação correta?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Pseudociência

David Marçal e o grupo de stand-up "Cientistas em Pé" apresentam o ensaio Pseudociência num debate inserido no ciclo de debates Pensar Portugal (organizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos), moderado por António Araújo.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

A Filosofia esteve ou estará em risco de extinção no secundário?

O jornal Público publicou um artigo sobre o ensino da Filosofia no secundário que vale a pena ler (clicar para aceder):

Uma disciplina que esteve em risco de extinção no secundário.

A minha dúvida reside no verbo: "esteve em vias de extinção" ou ainda estará? Como é que se ensina a Filosofia no secundário? Debatem-se questões filosóficas nas aulas, analisam-se e discutem-se os argumentos de teorias filosóficas opostas ou continua-se a debitar, em muitos casos, uma conversa vaga para os alunos decorarem e que não lhes acrescenta mais do que um fastio enorme em relação à disciplina? Seria interessante os professores de Filosofia exporem o modo como entendem o ensino desta disciplina, exporem mais o seu trabalho publicamente e discutirem as diferentes concepções de ensino que por aí abundam (pois nem todas valem o mesmo, algumas não valem mesmo nada). Todos nós (professores de Filosofia) teríamos a ganhar porque alguns dos piores inimigos da disciplina, e que podem, de facto condená-la à extinção, são os profissionais incompetentes que a leccionam.

Podem discutir a questão, colocada no título do post, na caixa de comentários deste blogue ou no Facebook do blogue em https://www.facebook.com/duvida.metodica

Agradeço os vossos contributos (de alunos e professores)!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O eléctrico desgovernado: discussão de um dilema moral

trolley-problem-1
Situação 1.
O dilema do troléi 1
Situação  2.
O eléctrico desgovernado 2

1. Na tua opinião, o que seria correto fazer na situação 1 e na situação 2?
2. Como justificarias a tua decisão em cada uma das situações?
3. Haverá uma diferença relevante entre ambas as situações? Porquê?



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O dilema do trolei: um excelente vídeo

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O texto do vídeo é narrado por Harry Shearer e foi escrito por Nigel Warburton.
É retirado de um programa da BBC Radio, "A History of Ideas":

http://www.bbc.co.uk/programmes/b04bwydw
http://www.bbc.co.uk/historyofideas
Um projeto em parceria com a Open University:

http://www.open.edu/openlearn/history...

Vale a pena clicar nos links anteriores para perceber como o discurso filosófico pode ser intelectualmente estimulante, claro e muito, muito interessante...